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quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Corte dos EUA mantém liberação de financiamento público de pesquisas com células-tronco

29/09/2010 - 12h18


A Corte de Apelações dos EUA decidiu que o financiamento federal de pesquisas com células-tronco embrionárias pode continuar até que uma decisão final seja tomada. Em 9 de setembro, a corte já havia suspendido temporariamente a proibição do uso de fundos públicos nas pesquisas.

O Departamento de Justiça argumentou que a suspensão da proibição de financiamento era necessária para evitar que projetos de anos fossem terminados na metade impedindo o progresso cientifico na busca de novos tratamentos para doenças como diabetes e problemas do coração.

O juiz Royce Lamberth havia proibido o financiamento em agosto baseada em uma lei de 1996 que proíbe o uso de dinheiro federal para pesquisas em que um embrião é destruído. A decisão não se aplica aos estudos iniciados durante o governo de George W. Bush, que, em 2001, permitiu uma limitada linha de pesquisa com culturas já existentes.

A pesquisa com células-tronco embrionárias é uma das bandeiras do presidente norte americano desde sua eleição, quando anunciou que os Institutos Nacionais de Saúde (NIH, na sigla em inglês) receberiam financiamento público para avançar nas pesquisas.


http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/ultimas-noticias/2010/09/29/corte-dos-eua-mantem-liberacao-de-financiamento-publico-de-pesquisas-com-celulas-tronco.jhtm


terça-feira, 14 de setembro de 2010

Célula-tronco é usada em implante facial

Instituto Ivo Pitanguy testa nova técnica para enxertar gordura em rosto que perdeu volume por envelhecimento

Experiência é feita em rostos de mulheres na faixa entre 55 e 65 anos; espera-se que enxertos não sejam reabsorvidos


DENISE MENCHEN
DO RIO

O Instituto Ivo Pitanguy isolou células-tronco da gordura retirada em lipoaspirações e vai utilizá-las em enxertos, que serão implantados nos rostos de pacientes, para atenuar a perda de volume característica do processo de envelhecimento.
Enxertos de gordura são comuns na cirurgia plástica, mas muitos acabam absorvidos pelo organismo, o que compromete os resultados de longo prazo. Espera-se que, com o uso de células-tronco, isso não aconteça.
"A expectativa é que a célula-tronco se diferencie em mais tecido adiposo e em vasos sanguíneos que nutrirão a gordura", diz a pesquisadora-chefe do instituto, Natale Gontijo. Segundo ela, um motivo que causa a absorção dos enxertos é a ausência de irrigação sanguínea.

LIPOASPIRAÇÃO
A técnica será testada em uma pesquisa com 20 mulheres entre 55 e 65 anos. Elas serão divididas em dois grupos: um receberá o enxerto comum, o outro, o rico em células-tronco. Os dois grupos serão acompanhados para comparação de resultados.
Gontijo explica que tanto a gordura quanto as células-tronco virão das próprias pacientes, que serão submetidas a uma lipoaspiração na região abdominal.
No ano passado, a pesquisadora constatou que a melhor maneira de obter o material para o enxerto é submetendo uma parte da gordura retirada na cirurgia a um processo de lavagem, e a outra, a uma centrifugação.
"A lavagem separa a célula de gordura do sangue e de outros componentes, mas causa muita perda de célula-tronco", diz. "Já a centrifugação destrói muitas células de gordura, mas isola as células-tronco presentes no tecido adiposo. Até nos espantamos com a facilidade do processo. Em três minutos já tenho células-tronco à mão."
O resultado dessa primeira fase foi publicado no "Journal of Plastic, Reconstructive and Aesthetic Surgery", da Inglaterra, e no "Aesthethic Surgery Journal", dos EUA.
Para a realização dos enxertos, a pesquisadora une as amostras e, com uma seringa, as implanta no rosto.
O procedimento tem que ser feito logo após a lipo - não há como armazenar o material para uso posterior.
Segundo Gontijo, os riscos envolvidos no procedimento são baixos. "Ao contrário das células-tronco embrionárias, as células-tronco adultas parecem não oferecer risco de formação de tumores", diz.
A pesquisadora afirma ainda que mesmo os enxertos normais de gordura já contam com algumas células-tronco, embora em concentração mais baixa.
A técnica poderá ser usada não apenas para atenuar os efeitos do envelhecimento, como também para reparar perdas de tecido causadas por doenças ou traumas.


http://www1.folha.uol.com.br/fsp/saude/sd1409201001.htm

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Célula tronco ajuda no tratamento da diabetes

Um estudo brasileiro publicado recentemente no Journal of the American Medical Association (JAMA), uma das revistas médicas de maior prestígio, revela que o pâncreas de pessoas com diagnóstico recente de diabetes tipo 1 voltou a funcionar após o transplante de células-tronco do próprio paciente. “A independência de insulina desses pacientes é cada vez maior, pois com o passar dos anos seus organismos voltaram a produzir o hormônio naturalmente”, comemora o endocrinologista Carlos Eduardo Barra Couri, um dos autores do estudo.

O diabetes tipo 1 surge quando o sistema imunológico, responsável por proteger o organismo contra infecções, começa a agredir as células beta, produtoras de insulina no pâncreas. O tratamento com as células-tronco regenerou o sistema imunológico dos pacientes, que parou de agredir as células beta, permitindo que voltassem a produzir o hormônio. Para verificar se o efeito podia ser atribuído à preservação das células beta pancreáticas, os pesquisadores monitoraram os níveis do peptídeo C (um precursor de insulina) durante 29,8 meses, em média.

Conduzida por médicos da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, a pesquisa acompanhou 23 pacientes com diabetes tipo 1, que foram submetidos ao transplante de células-tronco, entre janeiro de 2004 e abril de 2008. “Alguns pacientes passaram a não precisar mais de reposição de insulina por períodos de até quatro anos, com bom controle da glicemia, e outros precisaram repor o hormônio em doses muito baixas”, explica Couri.

Outro achado inédito foi que a utilização de sitagliptina, um medicamento aprovado para o tratamento do diabetes tipo 2, durante um curto período, aumentou os níveis de peptídeo C em dois pacientes que precisaram voltar a repor a insulina. A sitagliptina pertence a uma nova classe de anti-hiperglicemiantes orais, os inibidores da DPP-4.

Nos estudos clínicos, o medicamento demonstrou melhorar a função das células beta pancreáticas, responsáveis pela produção de insulina e, em estudos em roedores, aumentou a proliferação dessas células. Esses achados altamente promissores do uso da sitagliptina no diabetes tipo 1, no entanto, merecem ser confirmados em um número maior de pacientes, durante períodos mais prolongados.


http://cienciaevida.atarde.com.br/?p=2061


O que são células-tronco?

São células encontradas em embriões, no cordão umbilical e em tecidos adultos, como o sangue, a medula óssea e o trato intestinal, por exemplo. Ao contrário das demais células do organismo, as células-tronco possuem grande capacidade de transformação celular, e por isso podem dar origem a diferentes tecidos no organismo. Além disso, as células-tronco têm a capacidade de auto-replicação, ou seja, de gerar cópias idênticas de si mesmas.


Que avanços as pesquisas científicas com células-tronco podem trazer para a medicina?


As células-tronco podem ser utilizadas para substituir células que o organismo deixa de produzir por alguma deficiência, ou em tecidos lesionados ou doentes. As pesquisas com células-tronco sustentam a esperança humana de encontrar tratamento, e talvez até mesmo cura, para doenças que até pouco tempo eram consideradas incontornáveis, como diabetes, esclerose, infarto, distrofia muscular, Alzheimer e Parkinson. O princípio é o mesmo, por exemplo, do transplante de medula óssea em pacientes com leucemia, método comprovadamente eficiente. As células-tronco da medula óssea do doador dão origem a novas células sangüíneas sadias.


Por que permitir a pesquisa com embriões, se as células-tronco são também encontradas em tecidos adultos?


Porque as células embrionárias seriam as únicas que têm a capacidade de se diferenciar em todos os 216 tecidos que constituem o corpo humano. As células retiradas de tecidos adultos têm capacidade de dar origem a um número restrito de tecidos. As da medula óssea, por exemplo, formam apenas as células que formam o sangue, como glóbulos vermelhos e linfócitos.


O que a Lei da Biossegurança aprovada na Câmara permite?


Ela autoriza as pesquisas científicas com células-tronco embrionárias, mas impõe uma barreira. Poderão ser pesquisados apenas os embriões estocados em clínicas de fertilização considerados excedentes, por não serem colocados em útero, ou inviáveis, por não apresentarem condições de desenvolver um feto. O comércio, produção e manipulação de embriões, assim como a clonagem de embriões, seja para fins terapêuticos ou reprodutivos, continuam vetados.


Os cientistas podem adquirir os embriões diretamente nas clínicas de fertilização assistida?


Sim. O cientista precisa da autorização do conselho de ética do instituto onde trabalha, como em qualquer projeto que envolva a manipulação de material humano. Uma vez autorizado, o pesquisador poderá adquirir os embriões diretamente nas clínicas. Eles deverão estar estocados há mais de três anos e só poderão ser utilizados com o consentimento dos pais, mediante doação. Atualmente, estima-se que o país tenha 30.000 embriões congelados.


Qual o motivo da polêmica em torno da lei?


Para explorar as células-tronco usando as técnicas conhecidas hoje, é necessário retirar o chamado "botão embrionário", provocando a destruição do embrião. Esse processo é condenado por algumas religiões – como a católica - que consideram que a vida tem início a partir do momento da concepção. Há perspectivas de que no futuro se encontrem técnicas capazes de preservar o embrião, o que eliminaria as resistências religiosas.

É possível desenvolver uma técnica para obter células-tronco sem precisar dos embriões?

Sim. No início de 2007, cientistas americanos anunciaram a descoberta de uma nova fonte de células "coringa", extraídas do líquido amniótico, que preenche o útero durante a gravidez. Extraídas e cultivadas em laboratório, as células deram origem a vários tipos de células diferentes - ou seja, funcionam como células-tronco. Conforme os cientistas, as células-tronco extraídas do líquido amniótico não são idênticas às células-tronco embrionárias. Em alguns casos, porém, elas funcionam até melhor, dizem eles. Mas a gama de aplicações para esse novo tipo de célula-tronco pode ser menor do que no caso das embrionárias.

Qual é o tamanho do embrião quando as células são extraídas para pesquisas?

Até o momento, os cientistas conseguiram obter células-tronco de blastocistos, um estágio inicial do embrião com apenas 100 células. Um grupo de pesquisadores americanos conseguiu extrair células-tronco de mórulas, que têm entre 12 e 17 células. Em qualquer caso o embrião é microscópico. As células retiradas são cultivadas em laboratório, e podem render material para diversos anos de trabalho.

Em que estágio se encontram as pesquisas de tratamentos com células-tronco?

Apenas no caso de leucemia e certas doenças do sangue se pode falar efetivamente em tratamento. As perspectivas ainda são a longo prazo, pois praticamente todas as terapias se encontram em fase de testes, embora alguns resultados preliminares sejam promissores. Os cientistas ainda têm várias questões a resolver, como a possibilidade de desenvolvimento de tumores, verificada em testes com camundongos.

E no Brasil, o que existe em termos de pesquisas?

Na Bahia, pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz estão tratando com sucesso cardiopatias causadas pela doença de Chagas. No Hospital Pró-Cardíaco do Rio de Janeiro e no Instituto do Coração de São Paulo, células-tronco são usadas em pacientes que sofreram infarto. Também há estudos em vítimas de lesões medulares, diabetes do tipo 1, esclerose múltipla e artrite.

Como é a legislação sobre células-tronco em outros países?

Nos Estados Unidos, o tema esteve no centro dos debates das eleições presidenciais de 2004. Em 2001, o presidente George W. Bush cortou o financiamento público para as pesquisas, permitidas durante o governo Clinton, mas depois decidiu permitir o financiamento limitado. A lei brasileira é considerada equilibrada, e está bem próxima da legislação aprovada há poucos anos em plebiscito na Suíça. Em alguns países, como a Coréia do Sul e a Inglaterra, a legislação também permite a clonagem terapêutica.

O que o uso de células-tronco
tem a ver com a clonagem?


A "clonagem terapêutica" consiste na transferência de núcleos de uma célula para um óvulo sem núcleo. Este óvulo dará origem a um embrião, do qual se retiram as células-tronco. A vantagem seria evitar a possibilidade de rejeição, caso o doador seja o próprio paciente. Em caso de portadores de doenças genéticas, há ainda a possibilidade de um doador compatível. Este tipo de clonagem é diferente da clonagem reprodutiva, que é quando um embrião clonado é implantado em um útero, com o objetivo de reprodução de pessoas.

http://veja.abril.com.br/idade/exclusivo/celulas_tronco/01.html