Cientistas britânicos pretendem usar células-tronco para curar uma forma comum de cegueira. Os primeiros pacientes devem receber o tratamento em caráter de teste daqui a cinco anos. O projeto pioneiro, lançado na terça-feira, pretende recuperar retinas lesionadas com células derivadas de células-tronco embrionárias.
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Os proponentes do método dizem que ele envolve apenas uma cirurgia simples, que um dia pode se tornar tão rotineira quanto as operações de catarata. Eles acreditam que a técnica seja capaz de devolver a visão à grande maioria dos pacientes que sofrem de degeneração macular relacionada à idade (DMRI), uma das principais causas de cegueira entre idosos e que afeta cerca de 14 milhões de pessoas na Europa.
Alguns medicamentos, como o Lucentis, da Genentech Inc., ajudam um em cada dez pacientes, que possuem a chamada forma "úmida" de DMRI, e o laboratório americano Advanced Cell Technology está analisando o estudo de células-tronco em outros problemas oftalmológicos. Para os 90% dos que têm a degeneração macular "seca", não há tratamento.
A degeneração macular é causada por problemas nas células epiteliais pigmentares da retina, que formam um tapete de sustentação sob os cones e bastonetes sensíveis à luz. O novo procedimento proporcionará a substituição das células epiteliais pigmentares com células-tronco, que serão injetadas pelos cirugiões, depois de cultivadas, dentro do olho, em enxertos de 4 mm a 6 mm.
O Projeto de Londres para Curar a DMRI reúne cientistas da University College London (UCL), do hospital oftalmológico Moorfields, também em Londres, e da Universidade de Sheffield. O projeto foi viabilizado por uma doação anônima do equivalente a US$ 8 milhões feita por um americano, que, segundo os líderes do projeto, teria ficado desiludido com as limitações às pesquisas com células-tronco nos Estados Unidos.
As células-tronco embrionárias são as células-mestras do corpo, que dão origem a todos os tecidos e órgãos. Seu uso é polêmico porque é necessário destruir o embrião. A Grã-Bretanha, porém, incentiva esse tipo de pesquisa.
Os cirurgiões do Moorfields já devolveram a visão a alguns pacientes usando células retiradas dos próprios olhos dos doentes, que foram transferidas para outros locais. Esse processo, no entanto, é complicado, e só um pequeno número de células pode ser transferido.
Ao injetar células epiteliais pigmentares derivadas de células-tronco nos olhos dos pacientes, o médico Lyndon da Cruz, de Moorfields, espera que a cirurgia seja reduzida a um procedimento de 45 minutos, com anestesia local. "Se não tiver virado rotina daqui a dez anos, quer dizer que não fomos bem-sucedidos. Tem de ser uma coisa disponível para um grande número de pessoas", disse ele a repórteres.
http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,OI1668818-EI296,00.html
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sábado, 19 de junho de 2010
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