Publicado por: Ricardo Menacker em: dezembro 1, 2009
Uma equipe de pesquisadores britânicos apresentou, nesta segunda-feira, 1º de junho, um novo tratamento contra o câncer de mama hereditário – o que poderia devolver a esperança a um grupo que desenvolve, em muitos casos, os tipos mais agressivos dessa doença, e com um maior índice de recaída.
O novo tratamento, batizado pela farmacêutica britânica Astrazeneca como Olaparib, atua inibindo a enzima “Parp”, uma molécula utilizada pelas células cancerígenas para reparar o DNA após as sessões de quimioterapia e prosseguir, assim, sua expansão pelo organismo.
Ao impedir este processo de regeneração, o remédio consegue que as células cancerígenas se tornem mais sensíveis à quimioterapia, aumentando a efetividade do tratamento.
O remédio atua de forma específica sobre as mutações hereditárias nos genes BRCA1 e BRCA2, e também destrói as células cancerígenas sem afetar as demais células saudáveis, com o que se eliminam os efeitos secundários derivados dos tratamentos tradicionais.
Para chegar a essa conclusão, os especialistas do King’s College, de Londres, estudaram 54 mulheres com a doença em hospitais europeus, americanos e australianos, que foram divididas em dois grupos para receber uma dose mais ou menos alta de Olaparib.
Assim, foi comprovado que no grupo que recebeu uma dose maior o tamanho do tumor foi reduzido em 40% das pacientes.
Em um dos casos, inclusive, o tumor chegou a desaparecer totalmente.
O novo medicamento também é capaz de fazer frente a um tipo de câncer que até agora foi especialmente difícil de tratar: o triplo negativo.
Embora esses pacientes respondam melhor à quimioterapia, não se beneficiam de tratamentos endócrinos nem de remédios antitumorais adequados a seu perfil genético – por isso costumam sofrer recaídas adiantadas e ter poucas possibilidades de sobrevivência.
Segundo o diretor da unidade de pesquisa do câncer de mama do King’s College, Andrew Tutt, os resultados alcançados com o novo medicamentos são “muito promissores para as mulheres com câncer de mama hereditário“, que representam 5% dos casos de tumores mamários do Reino Unido.
As mulheres com um forte histórico familiar de câncer de mama e que herdam um gene BRCA1 ou BRCA2 defeituoso têm 80% mais de probabilidades de sofrer da doença em algum momento.
Este e outros novos tratamentos contra o câncer estão sendo apresentados na reunião anual da Sociedade Americana de Oncologia, realizada esses dias em Orlando (EUA).
Fonte: da EFE para a Folha Online. Junho, 1, 2009.
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domingo, 31 de janeiro de 2010
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sou portadora de ca triplo negativo e gostei muito dessa reportagem.
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